sexta-feira, 7 de agosto de 2015

A máscara do cristão

Olá pessoal. Dando continuidade ao baile de máscaras, estou de volta para olhar e reflectir um pouco em um caso pertinente, relativo as pessoas que abraçam crenças, igrejas ou ceitas religiosas mas a sua conduta fora das mesmas é totalmente ao que lhes é ensinado  e o que na verdade é suposto cumprir como regras.

 Irei falar dos pseudo-cristãos que usam várias máscaras para levar a sua vida, em concordância com os princípios bíblicos.


Aqui vai!!

Bem... 
Dentro de uma religião ou ceita religiosa, o objecto de meditação é a palavra de Deus. E dela deve derivar a postura e o comportamento de qualquer um que abraçar tal conceito como a sua causa principal e viver na busca diária pela melhor relação com o criador dos céus e de todo o universo.

O verdadeiro cristão é aquele que acredita em Deus e segue a sua palavra em conciliação com as suas obras e procura partilhar a mesma com todos aqueles que puder. O verdadeiro cristão aprende, ensina e pratica.


Um dia Gandhi disse algo como: "Eu acreditaria nos cristãos se os mesmos o fossem 24h por dia".

««Mahatma Gandhi é um dos mais respeitados líderes da história moderna. Apesar de hindu, admirava Jesus Cristo e frequentemente citava frases do Sermão do Monte.

Certa vez o missionário E. Stanley Jones encontrou-se com ele na Índia, e perguntou:
Senhor Gandhi, apesar do senhor sempre citar as palavras do Cristo, por que é tão inflexível e sempre rejeita tornar-se seu seguidor?
Ao que Gandhi respondeu: Ó! Eu não rejeito seu Cristo. Eu amo seu Cristo. Apenas creio que muitos de vocês cristãos são bem diferentes do vosso Cristo.»»

E logicamente a sua citação leva-me a olhar maior parte dos cristãos como interinos, ou seja, praticam a palavra de Deus em um certo período e de forma consentida desviam-se da mesma em outros instantes.

Após a conversão ou o baptismo de um indivíduo em uma dada religião, a sua vida e conduta mundana deve terminar. Não que seja imediatamente mas automaticamente no tempo, o mesmo deve ordenar a sua vida e segui-la mediante as leis divinas.

Porque não vale a pena intitular-se crente do senhor as 12h para as 18h contradizer - se nos seus actos e fazer o jogo do perdão diário por coisas involuntárias ou desnecessárias.


De que nos serve viver mascarado dentro de uma igreja e mostrar valor criação apenas naquele seio?

O traficante de drogas vai a igreja todos os santos domingos e durante os restantes dias trabalha arduamente para ampliar o seu património. Porque será que ele vai a igreja? Para pedir que a sua droga renda mais e mais?


O pastor ensina a palavra em um altar diante de uma vasta multidão. O mesmo pastor vai assediar algumas das crentes prometendo o aumento da sua fé. A sua máscara consiste em usar a sua influência como orientador para ganhar caprichos e agrados.

As entidades cristãs não devem interferir nos assuntos do mundo. Mas em algumas igrejas vê-mos os seus membros serem participantes em assuntos políticos e em muitos desses casos figuram como elementos decisores.

O Milionário que é o senhor do dinheiro e das fortunas materiais com fundos e mundos capazes de ajudar uma província a sair da miséria, reza semanalmente em uma capela com os seus irmãos em Cristo. Mas o mesmo Milionário que domina os mandamentos do senhor em papel, embarra o seu dinheiro e nada faz para ajudar o seu próximo a aliviar a barriga da miséria.



Na sua maioria acreditam em Deus, conhecem os seus poderes mas as suas meditações consistem apenas em buscar pelo perdão (pessoal), riquezas intermináveis, e em grande parte a resolução dos seus problemas pessoais. 

Se o amor ao próximo é que nem lei bíblica, porque não oramos para os outros ou pelos outros?

Aos que ainda se esforçam para seguir a Deus firme fortemente, desejo toda a concentração e que façam do amor ao próximo uma virtude diária. 

Embora se diga que a salvação é individual, é sempre louvável partilhar com os outros, sejam obras ou boas palavras. Porque na só estaremos realmente unidos quando sobre nós pairar a verdade e a harmonia na graça do senhor. 

Procurem no Lugar certo pelas coisas desejadas e fiquem atentos aos falsos profetas!!

Por: Emerson JC Lourenço AKA Daltton

Em: O Baile de Máscaras (01/09/2015)

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Sociedade Adormecida (Mensagem para as mulheres)

Olá pessoal,

já estamos na via. Hoje darei continuidade a terapia das mulheres. e desta feita venho apresentar a minha Amiga Mônika que irá deixar alguma palavrinas para as suas colegas de género.

Aqui vai!!

sociedade de hoje anda meio distorcida devido a pouco importância que damos as devidas oportunidades que levámos por opção. Nós os jovens devemos preparar o nosso futuro de tal forma porque o presente é temporário, ou seja, o dia de hoje não será o mesmo de amanhã por mais que as datas estejam por ordem de escala, devemos organizar as nossas ideias, traçar estratégias e focar nos objectivos, fazendo isso aí sim seremos dignos de ser chamados cidadãos Angolanos.



A sociedade jovem, está adormecendo e  esquecendo que está lidando com um sono terrível que cresce a cada vez que nos recusamos a colaborar. Dormimos de tal forma, que só recebemos as coisas e nos limitamos a  ouvir e pronunciar reclamações em grupo ou de forma singular.


Estamos sempre a apontar o dedo e esquecemos que repontando e ficar de braços cruzados não levará a melhoria ou desenvolvimento de nada a não ser a excelência e sucesso no fracasso.

 O dever em causa é olhar para as falhas e procurar métodos para fazer algo que mitigue ou resolva os problemas detectados da melhor forma possível. Mais social, mais económica, mais ecológica e em grande parte valorizando a cultura e a tradição do nosso país.

De que vale se vangloriar por ser jovem, bonita, Supostamente inteligente e intitulada como “O Futuro da Nação”, e nada fazer para justificar tais nomeações?

De que vale estudar anos e anos em uma determinada área de conhecimento, e nada fazer para o crescimento de tal área ou nem sequer incluir a mesma na sua rotina para contribuir na solução das diversas problemáticas existentes na nossa terra?

Vale a pena investir os esforços apenas em jóias, roupas e batons ou festas de luxo e não propriamente para se tornar em mulheres de valor e com o respeito de todos?


De que vale reclamar igualdade de direitos e de género e não trabalhar com garra, firme e conscientes em prol destas causas?
De que andamos a espera afinal?




Para reflectir:
Quando algo é verdadeiro, a distância não separa, o tempo não enfraquece e ninguém o substitui pelo simples facto da existência de algo novo, útil e de extrema importância que bem funciona para o seu lugar.

Se temos dois itens (um novo e um antigo), devemos abraçar cada um e procurar na nossa vida o melhor enquadramento para cada, e se formos a descartar, devemos certificar que chegou o final do seu ciclo de vida e que dele obtivemos tantos quantos benefícios foram possíveis.

Por: Monika Yara

Edição e Adaptação: Emerson JC Lourenço AKA Daltton

terça-feira, 4 de agosto de 2015

O Baile de Máscaras (A grande Festa de Carnaval)

Olá  pessoal, 

Já estamos na via e como o trabalho não pode parar, aqui estou eu para fazer frente ao trabalho das senhoras (O diário Feminino) e lançando-me o desafio de escrever mais um volume da saga do Bloco de Notas com o Título Baile de Máscaras, que virá para a vossa habitual e eximia aquisição gratuita dentro de 27 dias. 
Lanço então a primeira pedra e tomo como aberto o bloco de Notas Vol. IV.

Boa Leitura!!

"O Carnaval fora de época"


O Carnaval é mais uma das tradicionais festas ou manifestações culturais, introduzidas em uma cultura, em um dado período ou em apenas um dia, com o objectivo de trazer a liberdade de expressão carnal (em diversos aspectos) a solta para qualquer um que se digne a festejar. Como diz o seu nome Carnaval, que deriva de Carnis Valles (prazeres da carne), é um dia em que o desejo da carne é colocado em primeiro plano pois o período que o antecedera foi de intenso jejum e abstinência. Uma data bem e mal entendida por muitos, o que gera diversas formas de se manifestar.


Grupo carnavalesco Angolano

A liberdade que traz esta manifestação, denota-se pelo uso de Máscaras, satisfação de desejos e prazeres sexuais, desfiles e festas diversas, onde ninguém sabe quem é quem e cada um vai ou faz o que quiser com quem puder.

E num dia como este, o mal tira a mascara, o bem fantasia-se de mal, o chefe vira escravo, a mulher vira homem e vice-versa, e exposição corporal é aplaudida, as indecências e insanidades todas vêm a tona, Satanás caminha livre e de forma vaidosa pela terra acarretando com ele inúmeros seguidores e basicamente nasce aí um enorme baile de Máscaras celebrado em quase todo mundo, desacreditado apenas por várias ceitas ou doutrinas religiosas e uma parte de pessoas com a cabeça no lugar.


Algumas formas um pouco assustadoras de celebrar o Carnaval 

Mas não vim dar aula de história e nem tão pouco falar de satanismo ou julgar aqueles que celebram o Carnaval pois não sou eu a entidade com autoridade suficiente dirigir julgamento algum.

E esta manifestação, torna-se pequena pela sua duração, pois nos dias de hoje, nosso país há pessoas que vivem um Carnaval fora de época, adoptando falsas identidades, usando várias máscaras e praticando acções controversas as suas origens, tudo para saciar os seus prazeres no momento, desde desejos carnais, materiais, aumento de auto - estima e de certa forma vão promovendo uma série de fenómenos, motivados pela famosa "Globalização", que é a mãe da evolução e quem traz a destruição daquelas pessoas e sociedades que não entendem a dinâmica deste fenómeno.

Caminhos diferentes levam ao mesmo destino da mesma forma que máscaras diferentes levam ao mesmo fim em intervalos de tempo diferentes.


Mas será valorizada uma conquista obtida na sujeira?

Se um dia decidires tirar a máscara, irá a sociedade encarar-te da mesma forma?

Terás coragem para recomeçar da base caso a máscara te seja recebida e a casa vá a baixo?

As pessoas se têm prendido a tais máscaras, esquecendo que as mesmas têm validade no tempo e utilidade limitada a um espaço físico. Há locais em que tais artigos não passam da inspecção e somos obrigados a mostrar a nossa cara verdadeira. Perdidos os valores e a identidade, o que teremos de autenticidade a mostrar para os inspectores da vida?



A personalidade, a propriedade intelectual, a cultura saudável (não promotoras de insanidade), são instrumentos que quando levados a peito, ajudam um individuo a encarar a realidade tal como ela é e com isso escusar do uso de Máscaras que de certa forma comprometem a sua vivência no tempo.

Por: Emerson JC Lourenço AKA Daltton

Em: O Baile de Máscaras (01/09/2015)

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

O Diário Feminino

Olá Pessoal, 



Estou de Volta.
Depois da Publicação do segundo livro, quero agradecer a todos os que tiveram o contacto com o mesmo, e com isto quero dar início ao terceiro livro da página em que a responsabilidade será atribuída a um grupo de mais de 20 senhoras que irão escrever de forma aleatória nos quatro Capítulos que compõem o Bloco de notas. está em aberto a participação de todas a senhoras que se sentirem capazes e com inspiração suficiente para motivar as outras com verdades.

Aqui vai a Primeira pedra!!



A mulher é aquele ser que foi criado por Deus, extraído de uma das costelas do homem para servir de companheira e complemento para as suas iniciativas e satisfação de variadas necessidades.


Nos dias de hoje e melhor do que há alguns anos, a imagem da mulher é tida como um ser muito inferior em relação ao homem, e sobrevalorizada em muitos critérios. Desde os desportos, os trabalhos de grande envergadura, a os grandes cargos de chefia, até mesmo a propriedade intelectual atribuída a comunidade de cientistas e génios que vigoram a história da humanidade.

Com as revoluções que ocorreram no século passado, e com a luta das mulheres no âmbito de obter a igualdade de direitos em relação aos homens, buscando uma maior e melhor inclusão na sociedade em diversos sectores, tal quadro tem melhorado muito e hoje em dia já há mulheres a jogar futebol, basketbol, dirigindo grandes organizações e até mesmo como presidentes de alguns países como o Brasil e a Alemanha.

No nosso país,  tal efeito já se demonstra mais notório pelo facto de muitos cargos ministeriais e governamentais serem entregues a algumas senhoras.

O que chega a ser bom, pois contribui para o equilibro dentro de uma sociedade, melhora os ambientes de trabalho e de certa forma introduz o conceito de diversificação e igualdade de género.


E com esta breve reflexão quero apenas despertar as nossas mulheres da geração digital, as novinhas e todas outras que se consideram jovens ou adolescentes, decentes ou indecentes, sobre os desafios que lhes esperam mais adiante das suas formações e formação dentro da sociedade.

Serão capazes de disputar por Grandes empregos ou cargos a nível das organizações e ao mesmo tempo disponibilizar o tempo suficiente para ser uma boa mulher para o marido e em conjunto com ele educarem os seus filhos?

Terão astúcia o suficiente para se impor na sociedade e de certa forma influenciar a mudança como Eva influenciou Adão a comer do fruto proibido?

Irão limitar-se ao conformismo e a submissão ou serão aquelas que ajudarão os seus esposos na gestão do lar?

Que mulheres pretendem ser?

Basicamente, com estas questões, podem observar o desafio e o peso que recai sobre o corpo e a consciência das nossas senhoras.

Para todas as jovens e adolescentes desejo uma luta saudável, astuta e com elevado grau de responsabilidade, aproveitando todas as oportunidade e valorizando o seu corpo e imagem como protecção da integridade.

O desafio está lançado

POr: Emerson JC Lourenço AKA Daltton
Em: O diário Feminino (01/09/2015)

sexta-feira, 31 de julho de 2015

O Protocolo da Maioria - Download Gratuito do Segundo livro



Baixe o livro Bloco de Notas volume II "O Protocolo da Maioria", contendo as notas de destaque do blogue e conteúdos adicionais não divulgados anteriormente.




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quarta-feira, 29 de julho de 2015

A Lei e o Acesso a Justiça pelos Cidadãos

Olá.. Os meus Calorosos Cumprimentos..

Estou de Volta a estrada pessoal.

Dando segmento á nossa viagem, e já em recta final para a publicação do livro, irei virar novamente o meu senso para o lado jurídico, onde irei colocar algumas questões, cuja as respostas, acredito serem desconhecidas pelo protocolo da maioria, e por outro lado irei apoiar-me na nossa Lei Magna (Constituição da república de Angola) e algumas leis de base para de forma resumida, mas muito explicita, dar a conhecer aos jovens e adolescentes e todos aqueles que de certa forma entrem em contacto com este artigo, sobre a importância no conhecimento dos seus direitos, garantias e limites estipulados na lei bem como a importância da própria lei e os principais elementos responsáveis pela sua execução, fiscalização e aprovação para o ordenamento jurídico e a manutenção da paz e harmonia dentro ou fora do território nacional




Começo por definir de forma simples a lei e a sua actividade dentro de um estado:

"A lei é um conjunto de normas e regulamentos, sejam eles orais ou escritos, judiciais ou tradicionais, introduzidos em um estado para regular a organização e gestão dos recursos disponíveis no mesmo e dentro dele cultivar a paz e harmonia entre os cidadãos que nele habitam, olhando para todos ao pé de igualdade e conferindo limites e sanções para determinadas práticas".



Sabias que Angola é um estado de direito democrático?

Dentro do nosso país, o regime em vigor é a democracia caracterizando-se como uma nação soberana onde a lei máxima é a Constituição da República. Os representantes do estado definem-se em três categorias de poder: o poder executivo (Presidente da República), o poder legislativo (Assembleia Nacional) e o poder Jurídico (Os tribunais). Todos independentes mas devendo respeitar uns aos outros e a lei acima de tudo.




Sabias que tu como cidadão nacional independentemente da condição social, idade ou raça, goza de direitos, garantias e deve cumprir uma série de obrigações estipuladas pela lei?


Sabias que os problemas de envolvendo ilegalidades ou ilicitudes, que aconteçam contigo ou com qualquer outro cidadão podem e devem ser resolvidos pela justiça?


Sabias que o tribunal pode punir até os órgãos com maior estatuto cá no país, por se tratar de um órgão imparcial e independente de qualquer outro poder?


Será que vocês jovens na sua maioria sabem disso? Ao menos procuram saber?



Enfim...

Existe a lei magna do país e dela derivam outras adjacentes e relativas aos diversos pontos retratados ao longo da mesma desde a economia, finanças, a família, a responsabilidade civil e criminal, o ambiente, a circulação rodoviária e tantas outras actividades praticadas em solo nacional.

Mas será que você como cidadão tem o conhecimento ao menos da lei mãe que é a Constituição da República?


Eis a questão…


A maioria dos cidadãos, principalmente os jovens e os seus antecessores, inseridos na comunidade académica ou não, não detêm conhecimentos relativos a legislação vigente em território nacional. Fruto da não inserção das mesmas no programa de ensino das instituições fora das formações no contexto das ciências sociais e por outro lado pela fraca promoção de tais leis para a população em geral, nos órgãos de difusão maciça ou em outros meios de informação.


Como é possível ter cidadão e com postura correcta sem habitua-los com as regras e a importância no seu cumprimento desde mais pequenos? A maioria dos pais, tendo conhecimento ou não sobre tal assunto, nada ou pouco faz para transmitir aos seus educandos sobre a sua postura, direitos e obrigações fora do lar e em harmonia com a sociedade.


Em um ditado popular, diz-se que a "escola é a nossa segunda casa". Então, a primeira que é o lar familiar dá-nos a base da educação e define a nossa personalidade em alguns aspectos, mas as escolas devem ter desde os ensinos de base, o rigor na educação do cidadão em termos jurídicos e patrióticos, de maneiras a formar cidadãos correctos socialmente e não só técnicos altamente qualificados.



No protocolo da Maioria, as leis são desconhecidas, e inexistentes para uma boa parte, pelo facto de não haver contacto directo dos cidadãos com estes instrumentos. O seu cumprimento é obrigatório mas o seu acesso por parte de todos não é garantido em perfeitas condições.

As situações de desavenças envolvendo pelo menos dois cidadãos, são na sua maioria resolvidos pelos mesmos, por não saberem onde se dirigir a fim de beneficiarem de um julgamento justo e imparcial sobre o incidente em que estiveram envolvidos.


No protocolo da Maioria, a justiça por mãos próprias para além de negligência, chega a ser um acto praticado na inocência pelo facto de que as pessoas que o fazem não têm conhecimento dos procedimentos legais em determinadas situações.


O que priva um individuo de deitar lixo na rua ou colar panfletos em locais proibidos? Que instrumento tem ele a sua disposição, que faça referência a proibição de tais práticas?

Deixa-mo-nos perder com coisas sem nexo e nem importância, deixando de lado as suas reais obrigações e não gozando licitamente dos direitos que nos são conferidos pela lei. E de certa forma abandalhando e tirando o peso daquela é uma das chaves para o desenvolvimento e estabilidade de qualquer país (a lei).


Estamos mais preocupados em criticar ou organizar manifestações no sentido de exigir melhorias. Mas tais manifestações são feitas por pessoas que na sua maioria não têm conhecimento destes instrumentos para o ordenamento em termos jurídicos para o nosso território.


Por onde devemos começar afinal de contas? Pela educação ou pela execução?

Uma boa execução carece de conhecimento sobre as normas técnicas ou jurídicas que regulam a sua segurança e aplicação em perfeitas condições.


No geral, as leis devem ser para qualquer um, objectos de estudo, consulta e verificação sobre diversas iniciativas por parte dos cidadãos dentro da sociedade que os alberga.


Em todo caso, quando um cidadão ver os seus direitos e integridade violados, deve dirigir-se a esquadra policial, ao agente de ordem pública ou ao tribunal mais próximo para prestar queixa e aguardar pela resolução do seu problema.


Recomendo aos jovens em particular e de uma forma geral a todos os que se denominem cidadãos nacionais Angolanos, que cultivem o contacto com a lei em vigor no nosso país e façam as coisas a sua sombra.

É mais fácil reivindicar quando tens conhecimento dos direitos, regalias e limites que te são conferidos por lei.

O Conhecimento e cumprimento das leis devia ser uma étapa de educação dos idividuos em qualquer sociedade. Só assim as pessoas cresceriam e desenvolveriam em sí a mentalidade jurídica e a responsabilização sobre os cargos e obrigações que lhes são conferidas.


A seguir utilizarei alguns estratos de leitura obtidos em uma publicação muito explicativa sobre  a justiça e o significado do seu símbolo. Espero que seja benéfico para a vossa apreciação.




"A Justiça é representada por uma deusa da mitologia grega chamada Themis, filha de Urano (o Céu) e de Gaia (a Terra). Ela exibe uma espada na mão direita, uma balança na mão esquerda e uma venda nos olhos. A Espada simboliza a força, coragem, ordem, regra e a força de suas deliberações. A Balança, com que equilibra a razão com o julgamento, simboliza o equilíbrio, a ponderação, a igualdade das decisões aplicadas pela lei. Os Olhos Vendados simbolizam imparcialidade e objectividade nas decisões, não vendo diferenças entre as partes em litígio, sejam ricos ou pobres, poderosos ou humildes, grandes ou pequenos. Por isso quando se diz que "a justiça é cega" significa que todos são iguais perante a lei". 
Fonte: https://www.ndi.org/files/Angola-Citizenship-0411.pdf (Cidadania - Boletim Educacional / Edição N.º 02 * Abril e Maio de 2011 * Ano I)

Por: Emerson JC Lourenço AKA Daltton

Em: O Protocolo da Maioria (Disponível para download gratuito na sexta-feira dia 31 a partir das 13h)

terça-feira, 28 de julho de 2015

"Ciclo Vicioso" (Nas Teias da corrupção)

Olá pessoal,

Estou de volta!


Hoje, em mais um trecho do livro "O Protocolo da Maioria (31/07/2015)" irei dar espaço a uma assunto jurídico bastante pertinente. Falarei da postura dos funcionários públicos no exercício das suas funções e com auxilio da lei nº 3/10 de Angola (Lei da Probidade pública), irei destacar 3 figuras de grande importância no desenvolvimento de uma sociedade em diversos sectores. a corrupção tem sido a grande mancha negra no exercício das funções deste elemento e é sobre ela que farei a cauda presa para esta abordagem.



Desejo uma boa leitura, analise, reflexão e espero críticas sérias e construtivas.


O Policia, o fiscal e o Professor


Dentro da vasta gama de funcionários públicos, existem os que entram em contacto directo com os cidadãos, caindo sobre eles o dever de educar, corrigir, regular e em grande parte usar o seu exercício diário para conferir aos mesmos um benefício público.

A lei Angolana (Lei n° 3/10 - da probidade pública), define que o agente público, no exercício das suas funções e actuação, deve pautar-se segundo os princípios da legalidade, probidade pública, competência, respeito pelo património público, imparcialidade, prossecução do interesse público, responsabilidade e responsabilização, urbanidade, reserva e discrição, parcimónia e lealdade.

Com estes princípios, basicamente quer se dizer que, durante o exercício da sua função, os mesmos devem actuar sempre em conformidade com a legislação em vigor para a sua actividade e para os cidadãos em geral, devem os mesmo agir de forma coerente e com a máxima eficácia desempenhar a sua actividade, devem salvaguardar sempre o interesse público em detrimento das suas questões pessoais, conferir responsabilidades aos seus subordinados e ser fiel aos seus superiores, devem reflectir os seus actos no sentido de educar e desenvolver o meio em que estejam inseridos e etc.



O Policia

Em uma visão simples, o polícia é aquele funcionário, responsável pela ordem e tranquilidade pública a nível de uma comunidade. Os mesmos devem interferir para verificar, identificar ilicitudes, corrigi-las, e de uma forma geral prestar ajuda aos cidadãos em vários aspectos. Mas no Protocolo da Maioria, os polícias são aqueles que dificultam a vida dos cidadãos em muitos casos, chegando mesmo a serem vistos como carrascos. 

A privação do desenvolvimento parte do pressuposto de que o dinheiro que devia destinar-se aos cofres da organização, para o seu desenvolvimento em vários sectores como uma maior capacitação dos seus recursos humanos, acaba sendo embarrado nos bolsos dos agentes de transito que ao invés de estipularem multas acabam por extorquir valores menores que visam a safar os automobilistas e desta forma introduzem os mesmos dentro deste ciclo vicioso que vira hábito para qualquer um. 


Poucas são as intervenções no sentido de correcção. Pois a maioria é suficientemente rude para agir com arrogância, dirigir críticas e punir o cidadão pelo mínimo erro cometido.


Salve ainda uma parcela deste grupo, que desempenha a sua função com amor e o fazem dentro dos parâmetros legais. A estes deve-se tirar o chapéu, pois é difícil sobreviver num jogo de regras invertidas quando a anormalidade é o comportamento normal da maioria.

O Professor

Este é aquele elemento que por regra deve fazer a diferença na sociedade pelo facto de a sua profissão ser de crucial importância para o desenvolvimento pessoal de um individuo em particular e de uma forma geral para toda a sociedade. O Professor acompanha as crianças, acompanha os adolescentes e uma boa parte da juventude diariamente durante uma boa parte do tempo da sua vida. Deve servir de exemplo e desempenhar a sua função com rigor, extrema disciplina e acima de tudo a Vontade de transmitir os seus conhecimentos para os alunos que o acompanham.


O não profissionalismo da maioria dos professores leva-os a procurar por "lucros", acrescidos aos seus salários. Lucros estes, fruto de extorsão e chantagem feita aos alunos, baseadas no famoso argumento "Estudas para aprender e pagas para passar". Ou seja, os passaportes para as classes subsequentes são comercializados por parte dos professores e os seus superiores.


Nos níveis de base pouco se nota esta prática por parte dos professores, tudo pelo facto de os alunos em questão não possuírem idade suficiente nem alguma posse financeira que lhes possibilite ser alvos de alguma extorsão.

Nos ensinos secundário e médio ou pré universitário, a história se torna mais notável, visto que os alunos já têm certa idade e percepção avançada, dado que muito dos professores e de forma aberta declaram aos estudantes que só passará quem ele quiser, independentemente de ter ou não condição legal para tal.  A matéria vem distorcida para as aulas, e a prova vem longe do que foi disponibilizado para o aluno aprender. Ou seja, a reprovação começa a ser cozinhada desde os primeiros dias de aulas e no fim apenas se é dado o toque final que seria a cobrança para a passagem.


Ainda existem professores que colocam o estudante em primeiro plano e trabalham na sua educação para o desenvolvimento do país e melhoria do ensino a cada dia que passa. Professores como estes devem ser notificados e colocados em plano de mérito, pois não é fácil sobreviver diante de uma praga tão forte que é a corrupção.

O Fiscal

Toda a actividade e todo o individuo que se trata por cidadão está sujeito a actividade fiscal independentemente do estatuto que o mesmo tenha dentro da sociedade.

Os fiscais, nas suas diversas vertentes funcionam como intermediários para a realização legal de qualquer actividade. Intermediários entre a entidade fiscalizada e o seu superior.

Estes têm extrema importância no exercício de qualquer actividade por se tratarem de órgãos decisores ou de arbitragem e a sua imparcialidade é crucial pois esta define de passa ou não passa uma irregularidade quando denotada. Os fiscais são em campo, a imagem dos gerentes, dos directores, dos administradores e todos os órgãos de chefia.


São os fiscais que fazem a perícia em campo e verificam se as actividades são cumpridas nos parâmetros legais. Estes fiscais verificam desde obras e actividades em geral até mesmo a postura dos funcionários no exercício de tal actividade em particular. Daí a necessidade de se conferir estes postos apenas a pessoas extremamente qualificadas para tal.

O fiscal não capacitado permite desde a passagem de um documento falso, um agente embriagado até mesmo uma parede torta que pode gerar a queda de um edifício.

Infelizmente o cenário actual em termos de fiscalização ainda é dos piores pois os mesmos se deixam corromper na maioria por meros trocos e uma boa parte dele não confere competências para o exercício de tal função.

Num corredor onde passou a corrupção e saiu ilesa, é porque a fiscalização dormir ou foi cúmplice. Não se justifica um professor ser corrupto ou um polícia infringir as leis se o órgão que os fiscaliza existe e desempenha a sua função de forma legal. Ou não existe, ou são todos "farinha do mesmo saco".

Os fiscais abusam das suas competências e as suas actuações não são muito diferentes da maioria dos polícias. Destroem, apreendem, rebocam e muita das vezes beneficiam-se destas posses para uso pessoal.

De que vale exercer uma profissão para prejudicar as pessoas e de certa forma privar o desenvolvimento da mesma?

Em suma..

As instituições de fiscalização ainda carecem de expansão em termos de instalações, serviços, profissionais envolvidos e de certa forma alguma independência na sua actividade.

Todas as profissões acima mencionadas estão interligadas e o professor está no centro. O mau desempenho de um prejudica claramente o exercício de outro. Desde a base devem ser trabalhados para que saiam da academia com competência suficiente para desempenhar as funções que lhes serão conferidas.

Os agentes públicos gozam dos direitos e imunidades prescritos na lei e não devem ser prejudicados, na progressão ou promoção da carreira e escrupulosamente devem cumprir a lei. E quanto as imunidades, cingem-se estritamente para o exercício das funções, não devendo abusar delas, digamos, os agentes públicos não devem confundir imunidade com impunidade, mas se confundirem imunidade com impunidade, perdem a imunidade são punidos, nos termos da lei. (fonte: http://lexangola.blogs.sapo.pt/492.html )

Agora uma imagem engraçada, mas muito caricata, retratando uma realidade pertinente em muitas zonas de Luanda.


Zungueiras tentando safar-se da caça por parte de agentes da fiscalização


Por: Emerson JC Lourenço AKA Daltton

Em: O Protocolo da Maioria (disponível para download gratuíto na sexta feira dia 31/07/2015)


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