quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Momentos de insanidade (Carta para a Juventude)

Olá amigos...

Hoje darei sequência ao meu livro de reflexão comportamental e irei falar da insanidade como um como um novo fenómeno que vai se expandindo a cada dia dentro das nossas cabeças, derivando para as nossas atitudes.

Fiquem com o texto...

Momentos de insanidade (Carta para a Juventude)



Nos dias de hoje e no seio consciente de muitos jovens e adolescentes, nota-se de forma crescente a presença de comportamentos característicos de insanidade (um dos princípios de loucura) que tem manifestação no humor, na alteração comportamental relativa a família e muito em grande parte o não respeito a propriedade do alheio, nem tão pouco a sua intimidade.


Com a ideia de que somos grandes humoristas ou supostamente pessoas que escrevem, falam ou partilham factos sociais e actuais de uma forma lúdica, estamos a nos entregar e a criar certos hábitos que de forma subconsciente vão penetrando à nossa psique e tornando-se características de nós mesmos.

Hábitos estes, que eliminam o discernimento e não medem consequências, relativas a tudo o que fazemos ou dissemos.

Coisas que em estado normal e de consciência limpa, as pessoas não capazes de levar a cabo. Pelo que eu vejo, entramos em uma brincadeira interminável e quase nada levamos a sério nas nossas vidas.

Brincamos com a vida e com a morte, brincamos com o tempo, brincamos com a identidade e o corpo, brincamos até com questões que não são do nosso respeito. Experimentamos quase tudo, e pelos vistos nada nos serve porque procuramos sempre o maior e melhor ou o mais justo e mais apertado. 

Ofender virou moda e a moda tornou-se perfeitamente normal.

Devo admitir que o senso humorístico evoluiu desde algum tempo para cá, mas tal evolução traz na bagagem uma grande quantidade de imoralidade.


Somos insanos* ao ponto de espalhar pornografia em locais frequentados por crianças.

Somos insanos* por fazer piadas da morte ou das más situações de outras pessoas.

Somos insanos* ao ponto de partilhar momentos íntimos da nossa vida e dos nossos quartos para redes sociais abertas a um grande universo de pessoas.

Somos insanos* por nos relacionar com pessoas que atentam a nossa saúde e integridade pessoal.

Somos tão insanos* que nada criamos e nos limitamos a imitar.

Muitos são motivados pelas emoções (que pelos vistos não sabem controlar) e tantos outros pelos produtos químicos que ingerem, tal como drogas e todo aquele que altera o estado de espírito ou psicológico de uma pessoa normal.

Chamamos put*s às mulheres inocentes por tudo e por nada e até das mães falamos.

"Estamos a cagar na lata e estamos nem aí para isso"

Estamos cada vez mais distantes de desenvolver e cada vez mais formatados. Paralisados no monotonia comportamental e no vai e vem repetitivo do dia-a-dia, sem expressão crítica e em analítica, sem mentalidade solucionaria ou revolucionária. A beira do precipício e aceitando todo e qualquer lixo psicólogo que nos é dado.

Conseguimos fazer as melhores ofensas e as maiores piadas sem nexo. Mas ainda estamos distantes de escrever ou ler sobre assuntos que revolucionam uma comunidade ou despertam a nossa consciência para o real sentido de caminhamento.

Ainda sonho que um dia acordarei e verei todos esses nossos males sanados. Sonho com uma juventude próspera e com sede de desenvolvimento. Sonho com adolescentes curiosos do conhecimento e investigadores por natureza.

São só sonhos mas repletos de alguma esperança.


Seria uma carta longa, mas prefiro parar por aqui e continuar em um momento mais oportuno.

Por: Emerson JC Lourenço AKA Daltton

Em: Reflexão Comportamental (Brevemente)


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