A
formatação mental e a ignorância de massas estão a ganhar mais espaço nos dias
de hoje, tudo porque as pessoas vão perdendo a noção no tempo, sobre o bom, o
certo, o permitido, o mau e o errado, o moral, o imoral e o
amoral.
Mais
uma vez os valores morais são chamados a tona para coordenar este cenário que
já é um fenómeno de escala nacional e se expande a cada dia. Vivemos na
sociedade certa mas optamos pela conduta errada.
Entramos
para a escola e tudo o que fizemos e sonhar com um emprego, Seja qual for e ao
decorrer da formação limitamo-nos a receber a matéria e decorar para usar como
recurso nas provas. Depois daí mais nada fizemos para dar continuidade a este
trabalho.
Daí
começamos a cultivar a nossa ignorância. Ignorância esta que é consentida e a
cada dia que passa sofre uma formatação em função das escolhas feitas em termos
se moda, ideologia, status social e o tipo de conteúdos com os quais nos
envolvemos no nosso meio.
Órgãos
de formatação.
Na
base disto tudo, os órgãos que detém maior responsabilidade para a formatação
da ignorância da maioria são as tvs, as rádios na sua maioria, as modas e ondas
que todos seguimos e muito em grande parte as redes sociais com as quais temos
contacto diário.
A
Tv
A
tv normalmente não filtra os conteúdos para idades, géneros ou tipo de
sociedade, pelo menos no nosso país não. E disso resulta um ambiente de extrema
aculturação, que entregam aos jovens e adolescente a liberdade de escolha sobre
o tipo de conteúdos ou filosofias a adoptar.
A
apresentação, o domínio destes programas e a sua representação é ilimitada. As
novelas, os reality shows, os programas de entretenimento, os vídeo clips
musicais juvenis, na sua maioria promovem o nudismo e a sensualidade e o pouco
que lhes resta é que tentam transmitir uma pequena lição de moral que acaba
sendo ofuscada no meio de tanta vulgaridade.
Temos
um compromisso com a tv que dá inveja aos livros e até certas pessoas que fazem
parte das nossas vidas. Mulheres desprezam compromissos por novelas e
homens fazem o mesmo por jogo. Esse é um cenário muito frequente.
A
rádio não é muito diferente da TV
Muitas
delas fazem comércio com as músicas ou conteúdos que passam (com excepção das
publicidades). Algumas que se apelidam rádios do contra, incutem na maioria que
as acompanha a mentalidade crítica e extremamente revoltada, pelo
conteúdo extremamente revolucionário que passa e leva muito a peito a questão
política.
Se
o dever é informar e entreter, então que seja algo alargado e aberto a diversas
linhas de trabalho.
As
modas associadas as redes sociais no dia-a-dia
Para
estas eu tiro o chapéu.
A
moda detém um grande poder sobre a juventude no protocolo da maioria e é a
responsável pelas grandes barbaridades que têm acontecido nos dias de hoje.
Sinteticamente
a moda é um comportamento tendencial e temporal adoptado por um individuo
dentro de um determinado contexto com o objectivo de arrastar consigo grandes
massas. (Definição pessoal)
Seguimos
Do mais absurdo ao mais ridículo. Do mais banal ao mais insignificante. Do mais
anormal ao mais imoral. E em pequenas escalas seguimos o moral, o útil, o
necessário ou o ideal
A Joana cortou o cabelo nas laterais. A Maria é amiga da Joana e também decide
cortar porque o Pedro que é o Namorado da Antónia que também cortou gosta de
mulheres modernas como a Marinela que filmou a sua relação sexual e postou no
seu grupo restrito onde foi seguida pela Dayana e a Custodia. No mesmo grupo o
António decidiu expandir tais vídeos nos seus outros grupos e gerou uma febre a
nível das redes sociais porque maior parte dos membros optaram por seguir e
filmar também as suas relações para posteriormente postar a nível da
internet.
Por
outro lado, o Adalberto criou o seu quadro de pensamentos diários com dizeres
banais e publicou na sua cronologia no facebook. O Amarildo, para não deixar
mal o seu amigo decidiu partilhar com os seus outros amigos, os quais se sentiam
influenciados por ele e achavam-no o maior, logo, exportaram o mesmo pensamento
e para impressiona-lo decidiram entrar ma onda e criar pensamentos mais
absurdos a cada dia que passasse. A febre se expandiu e hoje em dia passa vezes
sem conta em todos os grupos e fórum com o rótulo de "Passou na
rádio" para dar mais ênfase a tal estupidez.
Basicamente,
o que tentei dizer lá acima, é que as pessoas vivem afogadas na imitação e
acabam de certa forma prejudicando a sua criatividade. Não somos autênticos e
nem tão pouco inovadores. Somos seguidistas movidos pelo que corre e pelo que é
engraçado ou chama a atenção da maioria.
Angola
é um canteiro de obras. Angola precisa da Juventude. Angola é tudo de bom e
também e tudo de mal. Será melhor ainda quando nos libertarmos da formatação e
aspirarmos para ver o nosso habitat ser o lugar que desejamos fruto do nosso
trabalho e participação no desenvolvimento.
A
mudança parte da iniciativa e a iniciativa parte do despertar que provém de uma
chamada de atenção.
Culpamos
a crise mas seu sou de opinião que a dificuldade é o melhor momento para quem
se quer evidenciar. Uma crise chega a ser uma boa justificativa para a mudança
e inovação.
A
imitação nos limita;
A
limitação nos faz prisioneiros;
A
inspiração e a criatividade nos tornam autênticos.
Ao
invés de se limitar a imitar, vamos inspirar-nos em modelos e usar a
criatividade para desenvolver algo novo.
Não
seja formatado. Forme-se, informe-se e continue a informar.
Por:
Emerson JC Lourenço AKA Daltton
Em:
O Protocolo da Maioria (31/07/2015) disponível para download gratuíto aqui no
blogue.
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